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Olha como as coisas são eu nunca fui muito de sentar e escrever, sim é verdade que no colégio eu já fazia uns rabiscos e algumas poesias bobas e melosas. Mas nunca sentei de fato para escrever, para por a cachola para funcionar e tirar desta cabecinha meio maluca as minhas idéias e reflexões que eu tenho do mundo e da época onde eu estou inserida. 
Nunca fui muito boa com as palavras escritas em um papel qualquer, sempre tive dificuldades com a escrita e suas regras. Mas sempre tive a ânsia de escrever, de soltar meus demônios, minhas inquietações, meus dessabores e sabores de minha vida e das coisas que me cerca, numa folha de papel através de uma tinta qualquer.
Apesar de não ser uma leitora, sempre fui apaixonada pela arte de escrever, colocar pedaços de sentimentos de forma eloqüente em pautas de cadernos, de usar a ponta da caneta como um meio de expressar as coisas que percebo com sabedoria e beleza. Como vários poetas fizeram um dia. De transforma uma página em branco, sem menor interesse, em algo mágico, que desperta os sonhos, as paixões, as reflexões enfim, que enche a nossa cabeça de sensações.
Pois bem, algum tempo atrás minha amiga a qual denominei como “a pessoa mais próxima de uma melhor amiga”, iniciou um BLOG – o diário do século XXI – e até eu entrar nele e ler levei certo tempo, mas enfim finalmente entrei e tive uma grata surpresa, pois ela escreve maravilhosamente bem. E de certa forma me inspirou e me deu coragem para escrever estas mal traçadas linhas que vos escrevo agora e que já escrevi.
Até estás palavras que coloco aqui neste momento, partiu de uma conversa pelo MSN (o novo “telefone”). De um elogio a um texto cabeçudo que ela fez, e que me fez refletir, ou melhor, descrever o que é para mim o ato de escrever. Que é o desenvolvimento de certa forma do abstrato para algo concreto – no caso das palavras que as canetas e os teclados tornam reais – que mesmo assim não perde sua essência abstrata.
É tão impressionante o ato de sentar e escrever que uma simples conversa, boba, banal possa desencadear um texto como este (que para mim é longo demais e eu mesmo já teria desistido de lê-lo), em um sutil “louvor” a palavra, a transformação que ela provoca no seu intimo ao transporta para um mundo cheio de sensações.
Bem como eu falei tudo isto, partiu de uma troca de mensagens. Nesta troca eu pensei:
“tudo começa com uma frase boba sem sentido, depois passa pelas belas palavras e regras gramáticais, percorrer um longo caminho pelas vias extraordinárias da imaginação e começa a fluir pelos longos sistemas elétricos de nossa mente até que explode em linhas, parágrafos, um texto que nos não pensávamos em escrever até que começamos pela aquela frase sem sentido.” 
Como eu disse todo texto cabeçudo ou não começa por uma única frase, e isto me faz lembrar um provérbio chinês;
“Toda longa jornada começa com um passo.” 
Assim também é a arte de escrever, tudo começa como uma frase!!!
Ao acabar este texto, percebi que além de ser um texto sobre o que é a escrita para mim e como conseqüentemente a leitura. É também uma singela maneira de agradecer “minha quase melhor amiga”, pela a inspiração que me faltava para traçar estás linhas e as outras que viram, e pela coragem de esboçar os meus sentimentos e afins – adora esta palavra “afim” – não poderia ser diferente, tinham que ser assim. ESCREVENDO!!
OBRIGADA!!!
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